quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Uma branca sombra pálida

A montagem Uma branca sombra pálida é uma peça teatral cujo texto é resultado de uma adaptação feita por Ceronha Pontes de um conto de Lygia Fagundes Telles. O texto traz uma tragédia contemporânea. São tratados temas como a homossexualidade, relação difícil entre mãe e filha, descobertas adolescentes e  intolerância.

O conflito se dá na relação conturbada entre Gina, uma das personagens principais e sua mãe. Esta enciuma-se da afinidade da filha com o marido e do gosto pela arte e pela delicadeza que partilham. O marido morre, mas o ciúme continua, dessa vez voltado para a relação entre Gina e sua melhor amiga Oriana. Estas duas estudam a portas fechadas, ao som de jazz, fato que faz com que a imaginação da Mãe se exalte, criando cada vez mais motivos para que Oriana seja vista como uma rival do carinho e da atenção da filha. O clímax começa quando a Mãe pede a Gina que escolha entre ela e Oriana. Gina, na verdade, não pode escolher, ama a ambas. Mata-se

O espetáculo se utiliza do recurso da figuração simbólica para sugerir os estados psicológicos dos personagens. As rosas, não raro, são a extensão das intenções dos atores. A música – o som ao vivo do violino – também serve com um longa manus do espírito da montagem que toca no íntimo da plateia e facilita o compartilhamento dos sofrimentos e angústias partilhados pelos três personagens.

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